Amor doi




Já fiquei cega de amor. Já achei que ia morrer.
Perambulei aos prantos pela rua. Sentei no meio fio enquanto o céu desabava em mim. A lembrança da dor daquele dia ainda dói em mim.
Amor também pode doer. E cegar. Sufocar. Quase matar. Quase morrer…
Amor precisa estar na medida certa. Nunca passar dos limites.
Amor de mão-única é castigo sem fim. Amamos e não somos amados. Viramos tapete, capacho, pano de chão. E até gostamos, se é ele(a) quem passa por cima, pois assim podemos sentir sua presença, sua proximidade…
Ah, como o amor é ridículo!…
Quando amei pela primeira vez foi assim. Me joguei, como se jogam todos os jovens! Caí de cabeça. Quebrei a coluna. Achei que não tivesse mais jeito de endireitar... Passei a amar diferente desde então. Mas… esse mal não tem cura! Desisti. O amor sempre se restabelecerá.
E amaremos novamente. Cada vez de um jeito novo. Cada vez uma nova aventura. Mas sempre seremos nós e os nossos valores. Sempre seremos nós e o nosso coração. Sempre seremos nós e o nosso jeito de se dar.
E sempre seremos ridículos mais uma vez!
Não importa a idade. Não importa o sexo. Não importa o jeito de olhar o mundo. O amor sempre achará um jeito de lhe dar uma rasteira. Prepare-se! Pode estar chegando a sua hora. Entregue-se, afinal, é ele quem realmente faz a gente se sentir vivo…
Que contradição!

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